Vendas de artigos da Copa decepcionam comerciantes de Cabo Frio

Mais da metade dos estoques das lojas estão encalhados, com procura apenas por artigos mais baratos como bandeirinhas. A expectativa é que, com o início dos jogos, as vendas decolem


Mesmo com o Brasil como sede da Copa do Mundo 2014, as vendas de artigos relacionados ao torneio na véspera do mundial têm andado tímidas em Cabo Frio. Mais da metade dos estoques estão encalhados. Nesta quarta (11), a maior procura era por bandeirolas e bandeiras de carro nas lojas da cidade. Apesar disso, comerciantes ainda se dizem otimistas quanto à chance de aumentarem as vendas após o início dos jogos.

O verde e amarelo tomou conta da loja Lar e Cia, na Avenida Teixeira e Souza.  A loja está com camisas, bandeiras, cornetas, bolas, entre outros artigos em exposição. Mas, segundo a gerente, Edna Queiros, não foi vendida nem a metade do estoque até agora. “Eu encomendei 2 mil chapéus, fora as camisas e perucas. Quase nada saiu. Mas brasileiro deixa tudo pra última hora. A esperança é que as vendas aumentem com as vitórias do Brasil”, disse.

Assim como ela, o proprietário da loja Thaticc, Lucas Bastos, tem expectativas que as vendas cresçam com o início da Copa. Para ele, o descontentamento da população por conta dos gastos exacerbados na construção dos estádios da Copa do Mundo influenciou na atitude dos clientes. 

“Estamos vendendo bem os materiais mais baratos, como bandeiras de carro, que custam R$ 2,99. Eu pedi 1500 e hoje não tem nem 100 na loja. Acho que os brasileiros ainda não estão confiantes com a seleção, então não estão querendo gastar muito”, explicou Lucas.

O ambulante Roberto Carioca, 56, já vendeu bandeiras em mais de três Copas e também não se mostrou satisfeito com os lucros deste ano. Para ele, este mundial tem sido o pior em termos de vendas.

Mas há quem desconcorde. Os também ambulantes, Paulo Ribeiro, 63, e Anderson Ribeiro, 35, estão satisfeitos com o que faturaram até o momento. Pai e filho não veem tanta diferença nas vendas em comparação com as Copas anteriores e, assim como os comerciantes, acreditam que a tendência é melhorar. “Só depende do Brasil jogar bem”, disse Anderson.

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