Em votação em plenário, na noite de quinta-feira (29), a Câmara de Vereadores de Araruama negou o pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a cassação do mandado do prefeito afastado Miguel Jeovani (PR) por improbidade administrativa. O pedido foi protocolado pelo advogado Paulo de Tarso Pinheiro Fonseca.
O vereador Carlinhos Dutra (PR) foi quem leu o documento para o plenário que estava repleto de pessoas que aguardavam a votação. Dos vereadores presentes, somente José Antônio (PP) e Zezinho (PSD) foram favoráveis ao projeto. Os demais: Rosana Gardeazabal (PROS), Magno Dheco (Solidariedade), Walmir de Oliveira (PR), Júlio Coutinho (PSC), Cláudio Nornerto (PV), Russo (PTB), Carlinhos Dutra, Ciraldo Fernandes (PSL), Cristiane Marins (PRB), Borracha (PP), Maria da Penha (PR), Paulinho Corrêa (PSL) e Sargento Raimundo (PROS), votaram contra.Já os vereadores Marcelo Amaral (PT) e Rone Rossy não compareceram à sessão.
A iniciativa de entrar com solicitação para instauração da CPI, segundo Paulo de Tarso, partiu por própria. "Qualquer cidadão pode entrar com pedido de instauração de CPI. A lei permite isso. Em Araruama, estamos vivendo momento caótico. Temos um prefeito que está afastado desde o início do ano, demandado em juízo por supostas fraudes em licitações para aquisição de merenda escolar. Não só o prefeito, como várias pessoas do primeiro escalão do governo dele, estão afastadas e com bens pessoais bloqueados", explicou o advogado Paulo de Tarso.
Diante da negativa do legislativo de levar a CPI adiante, a campanha se voltou para as redes sociais, onde Paulo de Tarso conclama a população a entrar com o mesmo pedido na Câmara de Vereadores.
"Qualquer um do povo está autorizado a copiar o documento, na íntegra, ressalvada a qualificação, cabeçalho e rodapé. Cidadania em ação!", disse o advogado.
Enquanto isso, MJ ensaia volta à Prefeitura
Os advogados do prefeito afastado Miguel Jeovani estão otimistas. De acordo com eles, nos próximos dias novidades terão sobre o caso. Tanta euforia se deve ao fato de que em breve, MJ voltará para a prefeitura. Acontece que no dia 29 de julho vence o prazo de afastamento solicitado pelo Ministério Público. Ou seja, a Justiça pode manter o prefeito afastado pelo periodo de seis meses. Depois disso, ele pode retornar ao cargo e aguardar o julgamento do processo trabalhando. Mas, a defesa acredita que MJ vai voltar para a prefeitura antes do findar do prazo. Agora é só aguardar.
