Na manhã desta terça, dia 27, dia Nacional da Mata Atlântica, a Prefeitura de Iguaba Grande assinou o acordo para o lançamento e a divulgação dos Planos de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica.  A assinatura do Plano Regional envolve os 12 municípios integrantes do Consórcio Lagos São João. O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Portinho, também participou do evento que aconteceu no Teatro Átila Soares da Costa, em São Pedro da Aldeia.

“Eu vejo aqui uma comunidade muito bem articulada. Tenho certeza que os planos serão grandes instrumentos para os municípios poderem ordenar o seu território, suas ações e vejo a importância de recuperar a região de Mata Atlântica daqui”, afirmou o secretário Carlos Portinho.

Representantes da Secretaria de Meio Ambiente de Iguaba Grande participaram do evento e celebraram as iniciativas de conservação que já acontecem na cidade. “Desde 2009 trabalhamos incansavelmente na recuperação da Mata Atlântica, entre as iniciativas nós temos um horto que produz mudas de mata nativa e distribui para todos os municipios que precisam”, destacou o secretário Paulo Sérgio da Cunha.

Os Planos são instrumentos de planejamento e de gestão que promovem, junto aos municípios, ações para a conservação e a recuperação da Mata Atlântica, indicando trabalhos de forma objetiva e fornecendo informações ambientais para o aperfeiçoamento da gestão ambiental local. Articulados com outros instrumentos de planejamento municipais, como os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento eles privilegiam processos participativos, de responsabilidades compartilhadas.

Estima-se que reste apenas 5% da vegetação original de Mata Atlântica nas cidades da região. A primeira região do estado contemplada com a iniciativa dos Planos Municipais foi o Noroeste Fluminense, em uma parceria com o COSEMMA - Conselho de Secretários Municipais de Meio Ambiente, na qual foram elaborados de 14 planos. 

Dados divulgados ontem, dia 27, apontam que a Mata Atlântica perdeu 235 km² de vegetação entre 2012 e 2013, aumento de 9% em relação ao último período avaliado (2011-2012). A área equivale a quase seis vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, que fica no Rio de Janeiro, ou ainda a 24 mil campos de futebol. As informações fazem parte do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e a ONG SOS Mata Atlântica.