No último jogo de Fred antes da apresentação à seleção
brasileira, na próxima segunda-feira, o sentimento foi de frustração tanto para
o atacante quanto para a torcida do Fluminense. Expulso pela sexta vez desde
2009, o capitão apresentou frágil controle emocional na derrota para o Grêmio e
prejudicou o time com a saída precoce aos 25 minutos da etapa final. Camisa 9
da Seleção e apontado pelo técnico Luiz Felipe Scolari como um de seus quatro
‘capitães’ — Thiago Silva é o dono da braçadeira —, o atacante, de 30 anos, não
soube administrar a catimba que deve ser característica em muitas partidas da
Copa do Mundo.
Referência nas Laranjeiras, Fred ganhou o apoio do grupo.
Amigo pessoal do atacante, Wagner revelou a tristeza do companheiro, que se
desculpou pela expulsão. Contestado por parte da torcida no início do ano, Fred
cresceu de produção, marcou dez gols e se esforçou para provar que não se
pouparia às vésperas do Mundial.
Wagner considerou a exagerada a decisão de Sandro Meira
Ricci (PE), único árbitro brasileiro selecionado para a Copa. “Acho que o
segundo cartão amarelo foi válido, mas o primeiro poderia ter sido resolvido
com um puxão de orelha. O Fred já pediu desculpas para o grupo. Ele sabia da
responsabilidade e só quer nos ajudar, só quer que o Fluminense vença. Mas fica
de lição para o grupo. Um a menos dentro de campo faz uma falta gigante”,
admitiu Wagner.
Em 2009, Fred foi expulso em três ocasiões. O Fluminense
vivia momento delicado, lutava contra o rebaixamento no Brasileiro e o
psicológico do grupo era frágil. O capitão só voltaria a ser expulso num
polêmico clássico com o Vasco, três anos depois. Contra o mesmo adversário,
Fred deixou o Maracanã como vilão na derrota de 3 a 1 ao acertar cotovelada em
Jumar e levar o vermelho ainda no primeiro tempo. Foco não faltou.
“Depois que ele soube que ia para a Copa, não se poupou. Ele
está com a cabeça no Fluminense”, disse Wagner.
Fonte O Dia