Presente em Cabo Frio para a realização da Caravana Palavra
de Paz no Jardim Esperança, o deputado federal e pré-candidato ao governo do
Estado pelo Partido da República, Anthony Garotinho participou de uma
entrevista comandada pelo radialista Ademilton Ferreira e pelo pré-candidato a
deputado estadual Bernardo Ariston, nos estúdios da Rádio Litoral.
A entrevista contou com a participação dos ouvintes, que
enviaram perguntas e acabou se transformando em uma oportunidade para que o pré-candidato
ao governo colocasse suas opiniões, sugestões e posicionamentos sobre questões
fundamentais do cotidiano vivido na Região dos Lagos.
Segurança Pública
Como não poderia deixar de ser, a segurança – ou a falta
dela – foi o primeiro assunto abordado, uma vez que a cidade de Cabo Frio passa
por uma onda de violência que vem tirando a tranquilidade dos moradores e
comerciantes.
A questão das UPPs foi citada como uma das principais causas
dessa violência. Para Garotinho “não há
ocupação policial sem uma prévia ocupação social, ou seja, o governo do estado
fez errado ao dar um ‘aviso prévio’ para os bandidos, anunciando as
ocupações. Isso fez com que esses bandidos viessem para
as cidades da Região dos Lagos e para outros municípios, que perderam suas
tranquilidades típicas”, afirmou.
Garotinho falou, também, que o efetivo da Polícia Militar
nas cidades do interior é muito pequeno e usou como exemplo a UPP da Rocinha,
que tem 700 policiais para 75 mil moradores, enquanto que para toda a Região
dos Lagos, com 600 mil habitantes, são 900 policiais: “para sanar isso,
diminuíram para 3 meses o tempo de formação de um policial militar. Estão mandando garotos despreparados para
matar e morrer, transformando a segurança pública em ‘insegurança’ pública”,
sentenciou.
Segundo Garotinho, se eleito governador, ele irá transformar
as UPPs em Companhias Legais, que funcionariam como pequenos postos do Estado,
com defensoria pública, posto do Detran para emissão de documentos e posto de assistência
social para cadastras jovens nos programas sociais: “vamos oferecer
cidadania. Dessa forma, a Polícia será
sempre a última a ter que atuar e, não a primeira, como foi no caso das
ocupações. Além disso, trarei de volta
os policiais tirados de suas cidades de origem para trabalhar na Capital. Policial daqui, conhece melhor a realidade
daqui”, finalizou.
Turismo e empregos
Questionado por um ouvinte sobre a situação da rodovia
Amaral Peixoto, o deputado federal lembrou que em seu primeiro governo duplicou
um grande trecho, até a cidade de Maricá e que está em seu plano terminar a
duplicação da rodovia até “o coração da Região dos Lagos” e que tem um carinho
especial pela Região: “turismo precisa de duas coisas: belezas naturais e infraestrutura. As belezas daqui são maravilhosas, a rede de
hotéis, restaurantes e o comércio, em geral, dependem da iniciativa
privada. Cabe ao governo do estado dar
condições de infraestrutura de mobilidade até as cidades turísticas para
permitir que os turistas visitem efetivamente essas cidades, e dar condições
para que empresas se instalem na região e na formação da mão de obra para o
turismo. O aeroporto de Cabo Frio virou ‘internacional’ não foi por acaso, na
minha administração. Quando eu fui eleito governador, eu não fui para Paris
descansar, como fazem alguns. Eu e minha
família viemos para uma pousada em Rio das Ostras, e da mesma forma agimos quando a Rosinha foi eleita. Eu amo a Região dos Lagos”, enfatizou.
Incentivos
A pergunta de um ouvinte de Tanguá, a respeito do IPVA e das
vistorias do Detran, levou Garotinho a fazer uma revelação surpreendente. Apenas nos estados do Rio de Janeiro e de São
Paulo as vistorias são obrigatórias a cada ano: “eu estudei o Código de Trânsito
e lá está escrito que as vistorias são obrigatórias, mas não que tenham que ser
anuais. Meu plano de governo prevê,
primeiro, a redução do IPVA dosa carros para 2%, como já é a dos ônibus e as
vistorias serão escalonadas. Em anos
ímpares, carros com placas ímpares. Em anos
pares, carros com placas de final par, ou seja, as vistorias serão feitas a
cada dois anos, desonerando os cidadãos.
Vou acabar também com a ‘indústria da multa’ que se criou com a Operação
Lei Seca. Ela foi criada para evitar que
motoristas dirijam embriagados, mas se o sujeito não está embriagado, pedem a
documentação e por qualquer irregularidade o carro é apreendido e são aplicadas
multas. Isso é papel de Blitz de
trânsito. Lei Seca é para os que bebem e
dirigem”, finalizou.
Royalties
O deputado federal aproveitou a entrevista para conclamar o
povo fluminense a engrossar o movimento pela manutenção dos royalties do
petróleo: “a ministra Carmen Lúcia, relatora do processo no STF, já deu seu
voto e marcou a votação em plenário para o próximo dia 28 e, pelo visto, não
será nada agradável para os estados do Rio e do Espírito Santo. A Rosinha é presidente da Ompetro e está
convocando os prefeitos das cidades que recebem royalties para irem com ela à
Brasília, na próxima terça-feira, visitar ministro por ministro, numa última
tentativa de sensibilizá-los para o caos que vai virar a vida das nossas
cidades sem o dinheiro dos royalties que é nosso por direito e por lei”,
explicou.
Saúde Pública
A participação do deputado federal do PR Dr. Paulo César na
entrevista, colocou o assunto Saúde Pública em pauta. Garotinho explicou que, em seu governo,
construiu quatro hospitais e que o atual governo fechou quatro hospitais: “o
problema da saúde é que estão esquecendo que os municípios são responsáveis
pela saúde básica, pelos programas de agentes de saúde da família. Ao Estado,
cabe a saúde de média complexidade e à União a saúde de alta complexidade. Ou seja, o estado tem que ter hospitais
regionais funcionando com todas as condições de atender à população, em
localidades estratégicas, que abranjam grandes regiões. Hoje está tudo desorganizado. O Estado criou as UPAs e entregou a
administração aos municípios, por isso, não funcionam a contento, sentenciou.
Bernardo Ariston lança pré-candidatura
Ao fim da entrevista, o ex-deputado federal Bernardo Ariston
fez o anúncio oficial de sua pré-candidatura a deputado estadual: “aceitei o
desafio do deputado Anthony Garotinho e acredito que vamos fazer um belíssimo
trabalho pelo nosso estado e pela Região dos Lagos em particular. Estarei lançando meu nome na convenção do
partido e, caso seja um dos escolhidos para concorrer, podem ter certeza de que
darei o meu melhor pelo bem do povo da nossa Região e do nosso Estado”,
afirmou.
Garotinho ainda aproveitou o gancho para dizer que os pré-candidatos
de outros partidos têm apoios importantes, como redes de televisão e a máquina
do governo federal, mas que ele conta com o apoio mais importante que existe: “eu
tenho Deus e o povo do estado do Rio de Janeiro comigo. E é só neles em quem eu confio”, finalizou.