A causa da morte de Enzo Vicente Lemos, de dois anos, não foi meningite. A afirmação é do secretário de Saúde de Cabo Frio, Dirlei Pereira, baseado no laudo emitido pelo Laboratório Noel Nutels, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O resultado do exame saiu na segunda-feira (21) e foi divulgado pelo secretário na manhã desta terça-feira (22).

Segundo Dirlei, o laudo da Fiocruz descarta ainda as hipóteses de dengue hemorrágica e Gripe H1N1. Desta forma, é comprovada a versão da equipe médica do Hospital Santa Izabel de que a morte da criança foi provocada por pneumonia aguda e parada cardiorespiratória.

Filho de uma funcionária pública municipal, Enzo estudava na Escola Foguete, que fica no bairro Novo Portinho. Ele foi levado para o hospital na noite de sábado (19), por volta das 20h, e morreu às 4h, menos de doze horas depois de dar entrada no hospital.

A possibilidade da causa da morte ser meningite causou grande apreensão entre os pais dos alunos da escola onde Enzo estudava. A diretoria chegou a suspender as atividades até a divulgação do resultado do laudo da Fiocruz. Mas o temor foi reduzido após o anuncio do secretário de Saúde.

"A morte desta criança foi uma tragédia. Apesar de ter ocorrido na rede particular, estamos acompanhando de perto. Uma equipe técnica da Secretaria de Saúde está visitando a escola e a casa da vítima, a fim de acalmar a todos. O lado do laboratório da Fiocruz é 100% seguro e não há possibilidade de erro", afirmou Dirlei Pereira.

Morte causa comoção

A morte de Enzo causou comoção entre os pais de alunos da mesma escola e muita preocupação.  Imediatamente após a divulgação da morte da criança na página da escola em uma rede social, pais, ofereceram condolências à família.

Saúde Pública tem recursos para atender demanda

Um dos questionamentos dos pais, foi com relação à falta de uma UTI pediátrica em Cabo Frio. O secretário afirmou que, em relação ao caso dde Enzo, o município não poderia ter agido de outra maneira, já que a criança estava sendo tratada em hospital particular. 

"Se o caso estivesse sendo tratado na rede pública, a criança teria sido transferida para o Hospital Regional em Araruama, onde há uma UTI pediátrica. Temos parceiros na rede que dariam suporte ao tratamento", afirmou Dirlei Pereira.

Alguns pais dos alunos da escola Foguete, informaram que outro caso, parecido com o de Enzo foi registrado entre as crianças. Uma menina de dois anos também teria apresentado os mesmos sintomas. Segundo informações, a criança só não teve o mesmo destino que Enzo porque os pais a teriam levado para um hospital no Rio de Janeiro, onde estaria internada em uma UTI pediátrica. Versão desmentida pelo diretor do Hospital Santa Izabel, Marcelo Perelló. Segundo ele, referida criança está internada no Santa Izabel em tratamento, reagindo bem aos medicamentos.