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Livro ‘Areia na Olhota’ será lançado em Cabo Frio nesta sexta (20)

Evento de lançamento da obra da autora carioca Érica Magni acontecerá no Palácio das Águias, a partir das 19h

Depois de lançar o livro de poemas “Areia na Olhota” na XIV Bienal Internacional de Pernambuco, a autora carioca Érica Magni fará um evento de lançamento da obra no Palácio das Águias, em Cabo Frio, na próxima sexta-feira (20), às 19h.

Além de leituras de poesias do novo livro e noite de autógrafos, o evento literário vai receber a cantora Luiza Souto, com um repertório intimista para todos os gostos.

“Queremos que esta noite seja suave e ao mesmo tempo inesquecível, como a própria paisagem. Amamos essa região e estamos vivendo aqui há quatro anos, definitivamente é uma grande honra poder apresentar um pouco da nossa arte ao público que irá nos prestigiar no Palácio das Águias, representa demais para nós, é um momento único e bastante feliz”, comenta Érica.

Carioca de nascimento, mas atualmente vivendo na Região dos Lagos, a jornalista e poeta Érica Magni convida o público de pernambuco para o lançamento de sua nova obra, “Areia na Olhota” (R$ 55, Editora Pedregulho, 80 páginas), são quase cem poemas que foram “materializados” em uma jornada de quatro anos até aqui.

O novo livro traz reflexões que têm como principal mote a transição geográfica que a autora viveu nos últimos anos, a partir do início da pandemia, deixando os ares caóticos do Rio de Janeiro em direção à calmaria litorânea da Região dos Lagos, culminando numa quarentena que promoveu diversos acontecimentos marcantes em sua vida, passando por muita dor, perdas, incertezas, dissoluções e renovações que mudaram completamente o rumo de sua história.

Sobre o livro Areia na Olhota

Para a autora a Região dos Lagos foi o refúgio perfeito para focar na evolução de sua escrita e finalizar o livro Areia na Olhota, com pouca interferência de ruídos urbanos, Érica mergulhou profundo na materialização de  sua pesquisa que está muito mais ligada agora aos fragmentos que o cotidiano pode oferecer, mas que não estão na superfície, precisam ser trabalhados delicadamente para se tornarem poemas que carregam ritmos únicos.

“A Região dos Lagos me trouxe mais do que inspirações e paisagens deslumbrantes, fauna e flora mágicas, emoções sagradas, do nada você vê uma baleia e sua família cruzarem o oceano, ou do nada uma passagem de um ciclone te faz sentir muito medo e ficar incomunicável por dias. Nesse fluxo eu consegui encontrar um método de escrita muito mais fluido, já que adotei um caderno que não sai das minhas mãos nunca, estou com ele o tempo todo, eu simplesmente paro e escrevo quando vejo uma cena ou ouço uma frase, no meio de qualquer situação que me inspire, é estranho, já fui confundida e hostilizada pois pensaram que eu era a mulher que trabalhava no conselho tutelar, já perguntaram se eu era a moça do Censo, se era investigadora da polícia, é muito engraçado, eu só escrevia no computador, e desses quatro anos pra cá, pouco estou à frente de uma tela, só quando realmente chega a hora de digitalizar o material. De lá pra cá já escrevi mais de quinze cadernos diferentes, e claro, nem tudo vira livro, texto ou poesia, mas uma boa parte do que recolho diariamente no mundo, acaba sendo trabalhado para compor alguma peça desse quebra cabeça autoficcional que estou fazendo sem pretensão de chegar a nenhum lugar”, ressalta.

Os leitores podem esperar  um livro que recebeu da poeta um cuidado extremo, quase que exaustivo, principalmente ao abordar características de cada personagem, tudo foi pensado com respeito máximo e com a imensa vontade de quem quer eternizar cada ponto de tensão, beleza ou incômodo, para justamente transformá-los numa poesia potente.

“Estou lançando por uma editora independente, só de mulheres, a Editora Pedregulho. Que é do Espírito Santo. Lançar um livro é um ato de coragem. Você se dedica, faz dívidas, deixa de comprar coisas importantes para investir em livros.  Por isso, digo com orgulho que neste trabalho foi onde consegui não apenas acessar gemas de tristezas e alegrias, mas também materializa-las para lembrar que sobrevivi, e dei o meu melhor nessa travessia caótica, desesperadora, mas também romântica, daria um ótimo filme com tragédias e vitórias, e principalmente amor, se despedaçando, nascendo, recomeços que dialogam com o pôr do sol, cada dia é uma aurora completamente única.

Sobre a autora

Érica Magni é cria da Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, e viveu em Roraima metade da infância. É formada em jornalismo há 16 anos. Morou na Espanha e na Islândia, trabalhando com projetos que unem comunicação, poesia e Direitos Humanos. Em 2023 participou da Bienal Internacional de Pernambuco. Em 2022 criou o podcast “Rádio-Carta Mulher”, com dramaturgia da atriz Joice Marino. Em 2021 editou o livro de ilustrações “Diário de Área”, desenvolvido com indígenas Yanomami, da artista multidisciplinar Vera Ifasey. Participou da coletânea do poeta Paulo Sabino, “Poesia para Pandemia”, da Editora Autografia, em 2020. Publicou “Poérica” na Flip 2019, pela Editora Cousa. Vive há três anos em Arraial do Cabo e é tutora e aprendiz de quatro bichos, Fela Kito, o gato, os cães Refresco e Ataliba e a cadela Coração d’Sal.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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