O afastamento do prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, do cargo tem dado o que falar. Os advogados tentam resolver esse imbróglio no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O vice-prefeito, Anderson Moura está no cargo até que a questão seja resolvida. No fim de semana, a presidente do TJ-RJ, desembargadora Leila Mariano, tornou sem efeito a decisão proferida pelo plantão judiciário, no dia 29 de janeiro.
Segundo os advogados de Miguel Jeovani, a situação foi somente processual. "A magistrada entendeu que o Pedido de Suspensão de Liminar (PSL) não poderia ser jugado pelo desembargador do plantão, sendo esta atribuição somente da juíza presidente do TJ-RJ. Por isso ela revogou a liminar, puxando para ela a decisão do caso, que deve sair a qualquer momento", explicou Carlos Magno, que está no Rio tentando resolver a questão.
Na quarta-feira (29) passada, agentes do Grupamento de Apoio à Promotoria (GAP) interditaram a Prefeitura de Araruama, para cumprirem mandados de busca e apreensão, levando documentos, computadores, notebooks, smartphones e tudo o que poderiam conter potenciais provas, que atestassem a suspeita de fraude em licitações para compra de merenda escolar, para a rede municipal de ensino.
O caso ganhou as redes sociais e esquentou a discussão entre partidários do prefeito e a oposição. O que muita gente custa a acreditar é que, sendo Miguel Jeovani empreendedor de sucesso, dono de supermercados, restaurantes e parque aquático, sujaria o nome, por causa de uma fraude envolvendo merenda escolar.
Por outro lado, muitas reclamações contra o prefeito correm pelas redes sociais. Inclusive, ele entrou com ação na Justiça para a retirada de um grupo de debates no Facebook, o Jornais de Araruama. O advogado de Miguel Jeovani alegou que o conteúdo divulgado pelo grupo era ofensivo à pessoa do prefeito. Só que, o Jornais de Araruama tem mais de 10 mil seguidores, que não gostaram nada da iniciativa do prefeito.
