Os profissionais da Educação de Cabo Frio decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada por unanimidade durante assembleia realizada na Escola Municipal Professor Edilson Duarte, na noite desta segunda-feira (13).
O principal motivo para a greve é o salário da Educação, que está em atraso. Além de um calendário de pagamentos, os profissionais exigem a reposição salarial, que não acontece desde 2015, além do pagamento de diversos direitos que estão sendo negados, como triênios, enquadramentos, isonomia e insalubridade.
No início da assembleia, foi dado o informe de que o governo municipal antecipou a audiência com o SepeLagos e representantes de base para quinta-feira (16), às 16h.
A assembleia fez as seguintes deliberações:
- manutenção da greve por unanimidade;
- ato em frente à prefeitura, dia 16, quinta-feira, às 15h;
- assembleia sexta-feira, dia 17, às 18h, no Edilson Duarte;
- criação de cartazes de campanha pela educação de Cabo Frio;
- ir ao Ministério Público para apurar sobre toda a verba da Educação e os 27,7% acordados no TAC;
- protocolaço no Ministério Público;
- acionar o jurídico do SEPE sobre a chamada do concurso público de 2009. É necessário a criação de vagas na Educação (isso tem que ser feito através da Câmara Municipal) para complementar a chamada dos aprovados;
- solicitar ao governo que não ocorra desconto de greve em dia de GLP. Havendo desconto, não terá reposição desses dias;
- informar à população que o governo não investe os 27,7% do orçamento na Educação;
- mandar nota sobre o movimento aos diretores de escolas;
- marcar audiência com o novo secretário de administração e reafirmar na pauta a realização de concurso público;
- solicitar resposta do MP sobre as irregularidades do processo seletivo simplificado;
- solicitar que o governo indique o substituto no grupo de trabalho que trata do PCCR;
- estudar, junto ao jurídico do SEPE, a possibilidade de arresto das contas públicas para evitar atraso do pagamento dos servidores;
- reafirmar a participação de todos no ato do dia 15/05, quarta-feira, às 14h, na Praça Porto Rocha, contra a Reforma da Previdência.