Centenas de pessoas se reuniram na Praça Porto Rocha, em Cabo Frio, para homenagear a vereadora Marielle Franco, assassinada, na última quarta-feira (14), no Centro do Rio de Janeiro, quando saia de um evento de militância politica. A manifestação “ Marielle Presente” foi organizada pelo partido Psol, Cabo Frio, no qual a vereadora carioca era filiada na capital. O ato marca uma semana da morte da ativista negra e do Dia Internacional da discriminação racial, uma das bandeiras levantadas por Marielle, que lutava pelas minorias.
O ato em Cabo Frio reuniu diversas pessoas de diferentes partidos políticos, causas e bandeiras. O protesto também chamou a atenção para os altos índices de feminicídio na Região dos Lagos, com participação de grupos que representam o direito da mulher nas cidades da região. Com faixas “Somos todos Marielle” diversas atividades movimentaram a praça, no início da noite desta quarta. “A Marielle viria a Cabo Frio, na data de hoje, para participar do nosso encontro do Psol. Esse ato é para mostrar que a luta da vereadora não foi em vão”. Afirmou Lucas Miller, presidente do PSOL Cabo Frio.
Sobre as manifestações de algumas pessoas em redes sociais que são contra a mobilização em torno da morte da Marielle Franco, que foi executada juntamente com seu motorista Anderson Pedro Gomes, o presidente do Psol, ressaltou que o ato na Praça Porto Rocha é por todas as mulheres e para acabar com o machismo. “ As pessoas que utilizam deste argumento para desmerecer a luta da Marielle são desinformadas, pois a luta dela era pelos direitos humanos e este crime foi político para calar a luta dela” – afirmou Lucas
O cineasta Milton Alencar que foi secretário de cultura do município de Cabo Frio também participou da homenagem à Marielle Franco e às mulheres do Brasil. Milton afirmou que o momento é de união para passar por este episódio difícil vivido no Brasil “ Sou da geração que venceu o medo e vamos vencer de novo. Marielle Presente” disse Milton.
Para Claudio Leitão, candidato pelo Psol à prefeitura de Cabo Frio, o momento é complexo, mas de luta e esperança. “Temos de ter o pensamento de qual o tipo de sociedade estamos construindo para o amanhã. A semente que a Marielle está deixando é neste sentido, enterraram a Marielle, mas vai nascer uma nova Marielle em cada comunidade pobre do país e essas vozes podem ser multiplicadas. E o principalmente devemos pedir tolerância e respeito as diferenças”. afirmou Claudio Leitão
Paulo Cotias professor e coordenador do curso de história, em Cabo Frio, disse estar sentido por ter precisado Marielle morrer para todos reconhecer a militância da ativista carioca. “ Espero que não seja necessário outras “Marielle” morrer para que a partir de mais uma tragédia a gente venha defender as boas causas”. Lembrou Paulo Cotias.
O protesto foi marcado por músicas, discursos dos militantes e grafites que ilustraram as faixas com as principais bandeiras levantadas no protesto em prol das causas defendidas pela veradora Marielle Franco.
