Autoridades da Região dos Lagos lamentam morte da vereadora carioca

Marielle Franco foi assassinada na noite de ontem (14), na Região central do Rio de Janeiro. Polícia trabalha com hipótese de execução.


A morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) trouxe à população um sentimento de impotência diante da violência que tomou conta do estado do Rio de Janeiro. Na Região dos Lagos, autoridades e representantes de grupos de políticas públicas lamentam a morte da vereadora e prestaram as últimas homenagens à Marielle, que era ativista social e, se apresentava como “cria da Maré”. Ela foi a quinta vereadora mais bem votada do Rio e assassinada, na Região Central da capital, na noite desta quarta-feira (15).

O deputado Estadual Janio Mendes (PDT) se pronunciou através das redes sociais sobre a morte de Marielle Franco, logo após a notícia ser divulgada pela a imprensa, no breve post o deputado pedia rigorosa investigação a polícia. À reportagem do RC24h a autoridade estadual lamentou o ocorrido e lembrou que durante quatro anos trabalhou com a carioca na Alerj, quando à época, Janio era vice- presidente da comissão dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ e Marielle também trabalhava no gabinete de Marcelo Freixo, presidente da comissão. “Convivi com ela por quatro anos era uma mulher de garra, determinação, ideias e pensamentos firmes. Muito bom divergir com ela com todo o respeito sobre assuntos diversos”. – relembrou Janio.

Para o deputado o estado deve uma resposta a população sobre essa violência cometida contra uma representante pública. “A instituição foi agredida. O estado democrático de direito não pode ser ameaçado. Esperamos que a polícia seja rápida e eficiente em apurar os fatos”. –declarou o deputado estadual.

 

 

A ativista Margareth Ferreira, do grupo “Mulheres Pretas” afirmou que a luta está de luto. De acordo com ela o momento não é para pensar em política, mas de pedir justiça. Margareth está no Fórum Mundial, na Bahia, e afirma que desde da divulgação da notícia o fórum está em vigília com manifestações pela morte de Marielle que estava sendo aguardada para os debates. “ Estamos cometidas por um desânimo, um sentimento de impotência, não éramos amigas, mas circulávamos nos mesmos grupos e defendíamos as mesmas causas. Queremos justiça pela morte da vereadora. Isso é medidas de regimes totalitários que querem tentar oprimir as vozes que lutam pela liberdade. Temos de chorar por essa perda” – afirmou.

 

 

A vereadora Letícia Jotta (PSC), de Cabo Frio disse estar extremamente abalada pela morte da também vereadora Marielle Franco (PSOL). A vereadora cabo-friense revelou que sempre se espelhou no engajamento de Marielle, principalmente, por as duas terem similaridades; serem negras, de origem humilde e apesar das bandeiras políticas não serem as mesmas, Letícia disse a reportagem do RC24h que a morte da ativista a deixou muito apreensiva sobre a situação das lutas políticas no país. “Acordei com várias perguntas na cabeça: O que vai ser da nossa luta? Será que vão nos coibir? Será que a bala foi para a vereadora, mulher, militante? Essa bala veio para calar a luta pelos menos favorecidos. Será que se formos a fundo em nossas bandeiras também vamos ser paradas a tiros? São muitos pensamentos, estamos consternados com essa dor que tomou conta de todos os brasileiros.” –declarou a vereadora cabofriense.

 

 

A advogada e presidente da coordenadoria de políticas para as mulheres de Cabo Frio, Teresa Tenan enviou o seu “pesar” pelo assassinato do que ela definiu como “companheira de luta”, que conseguiu chegar onde a maioria de nós mulheres nem sonha estar. “Da mulher negra, pobre, jovem, mãe, inteligente, que venceu tantos obstáculos e preconceitos. E sinto muito mais por não tê-la conhecido. Por não ter conhecimento total da sua luta. Tudo fica muito restrito aos partidos, as nossas cidades, as nossas lutas cotidianas. Uma morte dessa tão brutal. Um Feminicídio tão real, nos torna tão impotente... Eu como gestora pública, de políticas públicas para nossas mulheres tenho que parar para pensar, pois estou me perguntando, e não consigo me ouvir respondendo: A que ponto chegamos?” – disse a advogada.

Para a deputada Márcia Jeovani (Dem) a execução da veradora carioca Marielle Franco veio somar à tantos outros crimes cometidos no Estado do Rio de Janeiro. " Lamento profundamente pela vida de mulheres e homens de bem que são vítimas da criminalidade no Estado do Rio. Como cidadã e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher manifesto o meu profundo pesar e solidariedade à família da vereadora Marielle Franco, assim como do motorista Anderson Gomes. Reforço aqui o meu empenho como parlamentar em apoiar e discutir sempre políticas públicas que atendam às necessidades básicas da população no enfrentamento da violência que assola o Estado, tendo a educação como base de transformação de uma sociedade”- afirmou a deputada.

 

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