Decreto do Choque de Ordem prejudica comerciantes do Centro de Iguaba Grande

Medida adotada pela prefeita já resultou no fechamento de um estabelecimento e preocupa comerciantes da região


Os comerciantes da região central de Iguaba Grande estão preocupados com a queda no faturamento e, segundo eles, não é a crise que está ocasionando isso, mas sim um decreto municipal que limita o horário de funcionamento dos bares da localidade. O Decreto 1736/2017, de 27 de novembro de 2017, estabelece que estabelecimentos comerciais da Rua Paulino Pinto Pinheiro, do número 130 ao número 261, que vendem bebidas alcoólicas podem funcionar somente no horário entre 7h e 23h. Após adotada a medida, o Bar Azulão, muito conhecido na cidade, fechou as portas.

 

O que motivou o decreto, foi o Baile da Gaiola que atraia muitos jovens, grande parte menores de idade, que consumiam álcool e drogas. Diante das constantes reclamações, a prefeita Grasiella Magalhães, resolveu baixar o decreto, alegando que não tinha contingente suficiente de Guardas Municipais e Policiais Militares, para controlar o baile.

 

De acordo com a presidente da Associação Comercial de Iguaba Grande, Tatiana de Carvalho Duarte, no dia 28 de novembro, ela e outros três comerciantes da região central foram conversar com a prefeita sobre o decreto.

 

"Mostramos para ela (Grasiella) nossa preocupação com o decreto, pois estávamos no final do ano, época em que o comércio se capitaliza para poder passar pela baixa temporada. A prefeita se comprometeu em suspender a medida até 29 de dezembro, pois dessa forma, poderíamos nos programar. Mas isso não aconteceu", contou Tatiana.

 

A comerciante afirma que não é contra o decreto. "Nunca fui contra a medida, pois o baile trazia muitos problemas para o Centro da cidade. Mas na minha opinião, ele deveria ter um prazo para acabar. O baile funk não acontece mais, mas ao mesmo tempo, a rotina do centro foi modificada, o movimento diminuiu e isso prejudicou todo o comércio. No caso do Bar Azulão, a proprietária, dona Conceição, já estava cansada e diante da restrição no horário de funcionamento, da queda do faturamento, que não cobre as despesas, resolveu fechar as portas", afirmou Tatiana.

 

 

Na época em que baixou o decreto, a prefeita Grasiella explicou que a medida precisou ser tomada após recorrentes registros de brigas e desrespeito às lei do silêncio, além do alto consumo de bebida alcoólica por menores de idade. “Tentamos por diversas vezes resolver o problema, mas infelizmente não há o respeito com os moradores daquela localidade, que já não conseguem dormir aos finais de semana por conta da confusão do local”, declarou a prefeita.

 

O fechamento do bar Azulão foi muito comentado na cidade e nas redes sociais.

 

A equipe de reportagem do Portal RC24h entrou em contato com a Prefeitura de Iguaba, via assessoria de imprensa, e aguarda retorno.

 

 

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