Secretário de Saúde de Iguaba afirma que não há risco de surto de meningite no município

População está alarmada após morte de garoto de 4 anos com suspeita da doença no ultimo sábado (6)


A suspeita de dois casos de meningite deixou a população de Iguaba Grande alarmada. No último sábado (6), um garoto de 4 anos morreu pouco depois de dar entrada no Pronto Socorro do Município com sintomas da doença.

Um outro caso suspeito foi registrado no final de dezembro, quando um homem acabou transferido para o Hospital dos Servidores, no Rio de Janeiro, onde permanece internado realizando tratamento e aguardando o resultado dos exames.

Leonidas Heringer, secretário de Saúde de Iguaba Grande, afirma que os dois casos suspeitos estão sendo monitorados pelo município e pela Secretaria Estadual de Saúde, e garante que não há riscos de Iguaba Grande sofrer um surto da doença:

“O garoto que morreu no Pronto Socorro de Iguaba faleceu após ter uma parada cardiorrespiratória, pouco depois de dar entrada na unidade com suspeita da doença. A equipe médica realizou todos os procedimentos para tentar reverter o quadro, mas infelizmente ele teve uma crise fulminante. Nas redes sociais, a população chegou a cogitar um terceiro caso suspeito da doença, mas essa informação não procede. A análise do material dos dois casos suspeitos está sendo feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels, mas o resultado ainda não foi divulgado. Mesmo que os casos sejam confirmados como meningite, não há razão para a população temer um surto da doença no município. A imunização contra a meningite faz parte do calendário de vacinação, então dificilmente esses casos isolados sairiam do controle. De qualquer forma, estamos mobilizados realizando todos os procedimentos necessários” – garantiu Leonidas Heringer.

 

SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA - A meningite é uma inflamação grave das meninges, que são as membranas que revestem o cérebro e toda a medula espinhal. Esta doença deve ser identificada precocemente para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações como perda de visão ou audição.

Geralmente esta doença é provocado por vírus ou bactérias, podendo surgir após uma gripe mal tratada, por exemplo, mas, em alguns casos ela também pode ser causada por pancadas fortes ou fungos, especialmente quando o sistema imune está enfraquecido, como no caso dos idosos ou de doenças auto-imunes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quais os sintomas mais comuns

Os principais sintomas podem incluir:

- Febre alta;

- Dor de cabeça forte;

- Náusea e vômito;

- Rigidez do pescoço com intensa dor que dificuldade em encostar o queixo no peito;

- Confusão mental;

- Intolerância à luz e ao ruído;

- Cansaço excessivo;

- Pode haver manchas vermelhas na pele.

 

Já no bebê, os sintomas mais comuns são:

- Febre alta;

- Irritabilidade ou Sonolência;

- Choro agudo;

- Pode haver convulsões;

- A moleira pode torna-se tensa ou apresentar-se estufada.

O diagnóstico da meningite é confirmado após a realização do exame da punção lombar que consiste em retirar uma pequena quantidade de líquido presente na coluna por meio de uma injeção.

 

Como acontece a transmissão - A meningite é contagiosa e pode ser transmitida através do contato com gotículas de saliva do indivíduo contaminado através da tosse, espirro ou fala.

O vírus não consegue sobreviver no ar e portanto é necessário um contato mais íntimo com o paciente para que um outro seja infectado. Beijos na boca e de língua são um meio propenso para se pegar meningite, mas isto só ocorre se o indivíduo não for vacinado contra a doença. Aperto de mão, abraços, partilhar objetos pessoais e permanecer menos de 6 horas em contato com o paciente não trazem risco a saúde.

A meningite viral é mais comum no verão e a meningite bacteriana é mais comum no inverno. No entanto, existe um tipo mais grave dessa doença que é causado pelo vírus da herpes, chamada meningite herpética.

 

Como se proteger - A prevenção de alguns tipos de meningite pode ser feita através da vacinação que ocorre em 3 doses ainda na infância. Bebês devem receber a primeira dose da vacina para prevenir a meningite com 1 mês de vida, e as outras doses aos 3 e aos 6 meses ficando imunes contra as formas mais comuns da doença.

Porém, como ainda não existe uma vacina para cada micro-organismo que possa provocar a meningite, recomenda-se evitar o contato com indivíduos diagnosticados com a doença.

 

Como é feito o tratamento - O tratamento para a meningite depende da sua causa, podendo ser tratada com a toma de antibióticos, anti-virais ou corticoides em meio hospitalar. Alguns remédios que podem ser utilizados na meningite bacteriana são cefotaxima e ampicilina, ou aciclovir, no caso da meningite viral, e dependendo da gravidade da doença, o paciente pode ser mantido na Unidade de Terapia Intensiva.

O tratamento deve ser iniciado prontamente para diminuir o risco de complicações. O tempo de duração do tratamento da meningite é de aproximadamente 5 a 10 dias, e nas primeiras 24 horas do tratamento, o indivíduo deve ser isolado para evitar a transmissão da doença para outros. É importante a vigilância dos seus contatos por um período mínimo de 10 dias.

 

As sequelas da meningite podem ser:

- Perda da visão ou da audição;

- Comprometimento cerebral;

- Coma;

- Morte.

(Estas sequelas podem ocorrer quando o tratamento da meningite é feito de forma inadequada ou tardia). 

 

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