A sessão da Câmara de Iguaba Grande desta quinta-feira (7), além de começar com mais de 30 minutos de atraso, foi encerrada sob forte protesto da assistência e na presença da Polícia Militar. Tudo começou quando o vereador da oposição, Paulo Rito, cobrou do presidente da Casa, Balliester Praguer, a retomada da votação interrompida na última sessão, graças a confusão como o edil Adriano Mairink, o Tiquinho, que chegou muito atrasado e queria votar as pautas mesmo assim. Balliester não quis atender ao pedido de Paulo Rito que se exaltou e foi acompanhado pela assistência, já inquieta pela demora no início da plenária.

Foi então que o presidente suspendeu a sessão. A Polícia Militar foi acionada, assim como a Guarda Municipal e o secretário de Ordem Pública. A presenças deles no plenário só deixou a assistência ainda mais irritada. Segundo informações extraoficiais, o governo teria mandado servidores para a Câmara com o objetivo de tumultuar e provocar o encerramento da sessão. Diante da confusão, a plenária foi mesmo encerrada e o presidente Balliester convocou uma extraordinária para esta sexta-feira (8), às 10h.

O motivo de tanta discórdia é a votação da LOA (Lei Orçamentária Anual). A prefeita Grasiella Magalhães, que teve afastamento determinado pela Justiça, quer que a bancada governista aprove os 30% de remanejamento. Ou seja, ela quer um terço do orçamento livre, para que ela possa alocar verbas onde bem entender. Mas a oposição quer liberar apenas 5%. Na sessão da última terça, sem Tikinho, a oposição tinha a maioria dos votos e aprovaria todas as emendas propostas pela bancada oposicionista. Foi então que os governistas manobraram de forma a adiar a votação.

A equipe de reportagem do Portal RC24h entrou em contato com a assessoria de imprensa da Câmara de Iguaba, pedindo explicações sobre o tumultuo na sessão desta manhã. Em nota, a Casa informou que “a sessão foi encerrada devido ao ânimo exaltado da maioria dos vereadores e também da assistência presente”.