Na sessão extraordinária na tarde desta terça-feira, os desembargadores da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiram por unanimidade pelo restabelecimento da prisão dos deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, do PMDB. Foram cinco votos a zero. Além das prisões, os desembargadores também pedem a intervenção federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Rio, caso haja descumprimento das medidas.
Votaram os desembargadores Abel Gomes, Messod Azulay Neto, Paulo Espírito Santo, Simone Schreiber e Marcello Granado. O presidente da corte, André Fontes, considerou que a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que os soltou é de "ordem ilegal com esdrúxulos alvarás de soltura" e afirmou que "só prende quem solta".
"Nada feito aqui é perseguição. Torcemos até pelos réus. O judiciário não está de joelhos, nunca esteve e nunca estará", falou o desembargador Paulo Espírito Santo, criticando em seguida duramente a soltura dos parlamentares através de votação na Alerj.
"Quando vi Alerj ilegalmente soltando os presos em carros oficiais, pensei 'meu Deus, para quê juiz, Ministério Público e advogado?'. Parecia um resgate de filme de faroeste. Sem querer ofender, de bandidos. Não é possível que se faça isso é está todo mundo vendo", disse.
Já o desembargador Abel Gomes pediu o restabelecimento da prisão dos parlamentares, considerando que a decisão da Alerj que os soltou é de "ordem ilegal com esdrúxulos alvarás de soltura" e afirmou que "só prende quem solta".
Fonte: O Dia