REVOLTA: População está indignada com postura de deputados da Região dos Lagos que votaram pela soltura do trio peemedebista

Silas Bento, Marcia Jeovani e Janio Mendes explicam voto pela liberdade de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi


O voto pela soltura dos três deputados da Região dos Lagos pela libertação dos colegas do PMDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi na sessão desta sexta (17) na Alerj repercute muito mal pelos municípios e redes sociais. Eles foram três dos 39 votos a favor do parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que decidiu pela liberdade, enquanto a manutenção das prisões recebeu 18 votos. Um deputado se absteve.


As prisões foram decretadas pela Justiça na quinta-feira (16). Os três deputados, todos do PMDB, são investigados por corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


O posicionamento de Silas Bento (PSDB), Marcia Jeovani (DEM) e Janio Mendes (PDT) a favor do trio apontado como criminoso pela Justiça, causou espanto e perplexidade que tem sido demonstradas, desde então, principalmente na rede social.


Procurado pelo Portal RC24h, Silas Bento disse que não está feliz, mas que se sente confortável em dizer que sempre esteve ao lados das lutas de interesse do estado e dos servidores do Rio de Janeiro. Por outro lado, disse o parlamentar, "não me sinto confortável na posição de juiz para decidir quem pode ou não ser preso, que esse papel não cabe à ele.


"Se alguém me perguntar se estou feliz, é claro que não. Mas gostaria de dizer à população que sempre estive ao lado das lutas e do povo do estado do Rio de Janeiro. Votei contra a venda da Cedae, votei a favor dos funcionários públicos (bombeiros, PM, professor, aposentado e pensionista). Também entrei com pedido de impeachment do governador Pezão. Enfim, votei com minha consciência.


Tão logo saiu o resultado, Marcia Jeovani divulgou vídeo na rede social justificando que não é ela que tem a prerrogativa de julgar e condenar, e sim o Poder Judiciário. 


"Me reservo no direito de manifestar meu parecer político, preservando a separação dos poderes, com voto contrário à prisão dos parlamentares, tendo em vista que a prisão preventiva não corre nos fundamentos legais apontados no artigo 53, parágrafo 2º, da Constituição Federal, que assegura que a prisão dos deputados só pode ocorrer mediante flagrante de crime inafiançável. Sou a favor de que se dê prosseguimento às investigações, e de que sejam apuradas todas as denúncias apontadas pelo Ministério Público Federal, garantindo o contraditório e a ampla defesa dos envolvidos. Assim determina a Constituição Federal", diz a deputada.


Já Janio Mendes, declarou à Folha dos Lagos que vai enfrentar a pressão da opinião pública 'de cabeça erguida'.


"É preciso observar o processo legal. Todos têm direito a um julgamento observando a lei. Todos os juristas concordam que há uma extrapolação na prisão preventiva. O processo agora segue seu curso normal".

 

 

 

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