A lama com rejeitos de mineração que vazou após a ruptura de barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015, avança pelo litoral, em trecho que vai de Caravelas, no sul da Bahia, a Cabo Frio. A informação foi dada por ambientalistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), durante matéria veiculada no 'Bom Dia Brasil', da Rede Globo, desta sexta-feira (29). Já estão sendo realizados diversos exames e testes e as previsões não são nada boas.
No litoral baiano, a sujeira afeta os corais - que ficam sem "respirar" por conta dos sedimentos. Os recifes de corais têm muita importância no ambiente marinho, pois dão abrigo e alimento para a maioria dos peixes e, além disso funcionam como um filtro de água do mar já que se alimentam pela filtração da água.
Conforme os especialistas do ICMBio, a mancha avança 600km pelo litoral, numa profundidade de 40 metros.
O rompimento, em novembro de 2015, deixou 22 mortos. E o número de atingidos é bem maior, como mostrou a reportagem do Bom Dia Brasil. Alguns não foram reconhecidos como atingido pela tragédia. Pessoas perderam suas ocupações. O pescador não consegue pescar, o dono da pousada não tem mais hóspede. O ribeirinho precisa comprar água mineral para beber e cozinhar.
Se realmente chegar ao litoral cabo-friense, há risco de comprometimento da água e dos peixes.
Hoje, quase dois anos depois, os rejeitos ainda atingem o litoral, chegando ao santuário de Abrolhos. As empresas se comprometeram a investir R$ 20 bilhões e dizem que há uma dificuldade de execução.
*Com informações do Bom Dia Brasil (Rede Globo)