Novas regras dos partos vão diminuir o número de cesáreas em Cabo Frio

Hospital da Mulher tem projeto de um Centro de Parto Normal, já enviado à ANS


Anunciadas na segunda-feira (6), pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as novas regras para o parto de cesárea, que têm o intuito de baixar o alto índice do procedimento e estimular o parto natural (normal), já estão mexendo nas rotinas dos hospitais. Como em muitas outras cidades, em Cabo Frio os números também são considerados altos. No Hospital Municipal da Mulher, maior referência em partos no município, a taxa de cesárea é de grande volume. 


A diretora do Hospital da Mulher, Rosalice Almeida, é a favor da medida, mas ressaltou que não se trata de uma proibição, mas sim um estímulo. Ela acredita que a escolha pela cesárea pode ser também por questões culturais e acredita que a nova lei será benéfica para as pacientes. "Acho ótimo. Parto normal é normal. Anormal é a cesárea", disse. Rosalice conta ainda que suas pacientes ao entrarem em trabalho de parto chegam ao hospital tensas, nervosas. "E acabam escolhendo a cesárea porque um amigo de fulano disse que não sente dor...", lamenta a médica.


A dona de casa, Luana Barbosa, que estava no Hospital da Mulher para consulta de rotina, prefere o parto normal. "Traz benefícios tanto para mim quanto para a minha filha". Contudo, a paciente tem pressão alta e isso poderá impedir o parto normal. "Por conta do meu problema de saúde, acredito que eu terei a Eloisa de cesariana", finaliza a jovem de 25 anos, que terá sua filha no Hospital da Mulher, em Cabo Frio.


A diretora do Hospital da Mulher pondera. "Não devemos interferir no ato médico. Se a paciente precisar, por algum problema de saúde, será realizada a cirurgia. Temos equipe e anestesistas 24 horas, caso haja a necessidade de intervenção cirúrgica. O importante é a saúde da mulher e do bebê", garante Rosalice

 

 


Projeto prevê construção do Centro de Parto Normal


A medida anunciada pela ANS também deverá acelerar um projeto - já encaminhado à ANS e que aguarda confirmação - para a construção do Centro de Parto Normal. "Serão cinco quartos, todos humanizados, individuais e confortáveis para a paciente e o acompanhante. Isso irá estimular o parto normal", garante a diretora.


"Regra é boa. É um avanço", afirma médica pediatra


Para a pediatra Pryscilla Won-Held, a nova regra é boa e um avanço. Mas a médica também faz um alerta. "Tudo com indicação. Se a grávida por alguma doença, como pressão alta ou diabete não puder fazer o parto normal, ela poderá ser submetida a cesárea", diz. 

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