Mas Marquinho Mendes, com a simpatia que lhe é peculiar, justifica: "Meu nome está à disposição do meu partido sempre. Tenho percorrido as ruas da cidade e o povo clama pela minha volta à Prefeitura. Atribuo isso ao fato de eu ter provado o que posso fazer. Tenho 22 anos de vida pública. Fui vereador, vice-prefeito, deputado estadual e prefeito de Cabo Frio, eleito duas vezes. Sou o prefeito do social, que construiu escolas padrão e que trabalhou muito pela cidade", disse Marquinho Mendes.

Justificando, então, o motivo pelo qual o eleitor deveria confiar nele, para elegê-lo como deputado federal, o ex-prefeito explica que em dois anos dá para se fazer muitas coisas pela região. O foco principal, segundo ele, é lutar pelos royalties do petróleo.

"Lutarei em defesa do repasse dos royalties. Sei muito bem o que representaria, em termos de arrecadação, caso aconteça a distribuição total deste recurso. Para Cabo Frio, os royalties representam 45% do orçamento. Então, não podemos parar de lutar pela nossa cidade e pelo Estado do Rio de Janeiro", defendeu Marquinho.

O ex-prefeito de Cabo Frio, fez questão de ressaltar o que intitulou como o 'desgoverno' em Cabo Frio. "Como cidadão cabofriense, estou indignado com o atual governo de nossa cidade, que acabou com o projeto que implantamos na agricultura, em que as escolas eram abastecidas com a produção da zona rural do município. Construímos o maior Centro de Reabilitação, que tem até piscina aquecida e o atual prefeito deixou o prédio abandonado, sujeito a invasões. O Restaurante Popular, que deixei propriamente pronto e até agora não foi inaugurado. O Centro de Convivência dos Idosos, na Reserva do Peró, totalmente abandonado e fora outras tantas obras. Um absurdo! Gastar R$ 40 milhões na orla da Praia do Forte e deixar a saúde um caos", disparou Marquinho Mendes.

Pegando carona na polêmica entorno do Colégio Municipal Rui Barbosa, Marquinho Mendes fez duras críticas. "Estou indignado com a forma que o atual governo quer fazer com a escola. O Rui Barbosa é nosso! É motivo de orgulho e não de despesas. O município tem sim condições de arcar com as escolas de segundo grau municipalizadas. Educação deve ser priorizada", disparou ele.

Quanto aos altos e baixos vividos pela região por conta da sazonalidade, Marquinho Mendes disse que a solução é investir em eventos culturais, gastronômicos e esportivos que busquem turistas. "No meu governo implantamos os festivais gastronômicos do Camarão, da Farinha, do Marisco, a Festa Nordestina, a Portuguesa e o Festival Internacional de Dança. Tudo isso na baixa temporada para atrair o turista. Além disso, tínhamos o projeto "Cabo Frio é show o ano inteiro", com apresentações de artistas todos os meses. Outra alternativa é o turismo de negócios, para isso, temos que trabalhar para construir o Centro de Convenções, não tem jeito", afirmou.

De acordo com o ex-prefeito, antes de deixar o governo, o Centro de Convenções já tinha verba certa e aprovada e, por essa razão, não entende o motivo do projeto não ter saído do papel. 

"Deixei verba aprovada de R$ 7 milhões. Mas até agora nada. Inclusive, planejamos a construção do empreendimento na Avenida Wilson Mendes, em frente à Intertv, mas isso também mudou. Pensamos em construir ali para poder contemplar o mercado náutico e com isso alavancar a economia. Mas tudo em vão", disse Marquinho.

Com relação a descriminalização do aborto, o ex-prefeito de Cabo Frio se posicional totalmente contrário. Para ele, é preciso fiscalizar e fechar as clínicas que praticam este crime e punir os profissionais. "Isso é um crime que leva muitas mulheres a morte. Temos que fiscalizar melhor e evitar que esses lugares funcionem".

Quanto a criminalização da homofobia, Marquinho Mendes destacou que e contra todo e qualquer tipo de preconceito. "Todos devemos ser iguais. E portanto, sou contra qualquer tipo de discriminação, seja por escolha sexual, religiosa, de raça, gênero ou qualquer outra", afirmou.

O ex-prefeito diz que é favorável à emancipação de Tamoios, segundo distrito de Cabo Frio, desde que, seja realizado plebiscito para saber se é essa a vontade da população e segundo, que a distribuição da arrecadação dos royalties seja feita de forma igualitária. "O município mãe não pode ser prejudicado. E no mais, é preciso saber se é essa a vontade do povo, para que prevaleça a democracia e não a vontade de alguns", finalizou.