Colunista RC24h: Dr Paulo César critica tributos no Brasil e defende redução imposto para remédio

O setor de medicamentos, equipamentos hospitalares e insumos hoje arcam com carga tributária de mais de 33%, a mais alta do mundo


No Congresso Nacional travo de forma incansável uma luta para que a gente consiga proporcionar ao povo brasileiro, o acesso à um direito básico e fundamental, a saúde. Acaba de ser constituída na Câmara, uma Comissão destinada a debater a redução de impostos sobre os medicamentos.


A desoneração é uma medida simples, que poderia representar uma enorme mudança no cenário precário que se encontra a saúde pública no País.


Vejam o tamanho da distorção: um esterilizador, quando importado por uma instituição pública ou filantrópica, custa até 18,5% menos que o similar produzido no País, pois todos os equipamentos médicos, odontológicos, hospitalares e de laboratórios importados, não são tributados! Nem mesmo as Santas Casas de Misericórdia, apesar de serem instituições filantrópicas escapam. Para

elas, a Receita Federal aplica a imunidade tributária restritiva, liberando tributos incidentes na importação e aplicando a cada aquisição de equipamentos em território nacional todos os impostos indiretos: IPI, PIS, COFINS e ICMS.


Com isso, o preço do produto nacional torna-se impraticável, o setor perde competitividade e passa a sofrer concorrência discriminatória em favor dos estrangeiros numa ação patrocinada pelo próprio governo! Uma vergonha nacional! Na mesma linha, medicamentos, como antibióticos, em sua grande maioria, quase 90 por cento, são importados! Quem quiser fazer uma guerra contra o País não precisa nem pegar em armas, é só parar de mandar antibióticos! Vai matar muita gente... 



O setor de medicamentos, equipamentos hospitalares e insumos hoje arcam com carga tributária de mais de 33%, a mais alta do mundo, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT. Quem mais sofre é a população, sobretudo a de baixa renda, que tem que arcar com os pesados custos dos impostos: de oitocentos reais, mais de trezentos, é imposto. A questão beira o absurdo, os medicamentos para uso animal a carga tributária é de apenas 13%. Em outros setores menos estratégicos para a população menos favorecida, como o de automóveis, o governo brasileiro vem apresentando uma boa vontade que poderia ser estendida à indústria de fármacos.


Medicamentos salvam vidas, hospitais salvam vidas, médicos salvam vidas, não desonerar o Setor é um atentado à vida!   O setor farmacêutico movimenta mais de 50 bilhões de reais, emprega direta ou indiretamente mais de 600 mil trabalhadores.


Espero que a população se envolva mais nesse processo, acompanhe de perto minha atuação nessa Comissão Especial e cobre do Governo medidas concretas. Juntos nós podemos fazer muito para melhorar a saúde no País, com esse amparo legal e a cobrança e controle da sociedade a gente consegue avançar, mas sem a participação da sociedade, as palavras e a luta travadas no parlamento brasileiro serão em vão!


*Dr Paulo César é o deputado Federal  da Região dos Lagos há sete anos

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