Colunista RC24h - Berto Filho - analisa "Marcha dos Prefeitos alimenta mercado do sexo em Brasília"

O baluarte do telejornalismo, Berto Filho, comenta matéria publicada pelo IG, sobre prostituição no meio da política, de autoria é de Marcel Frota e Wilson Lima.



Quando li, pensei com os meus botões: será que o michê é pago com o salário do prefeito, do assessor ou do vereador (cada um faz o que quiser com o seu dinheiro) ou é tirado da vala comum das despesas de representação que são pagas contra a emissão de notas fiscais por serviços prestados, que podem ser de taxistas, postos de gasolina, restaurantes, saunas, etc? Também é prática super comum a autoridade pedir aos estabelecimentos notas de valores mais altos para compensar despesas que não podem ser comprovadas por falta de nota. O michê ém uma delas.

Não creio que as prostitutas de Brasilia e cidades vizinhas forneçam notas fiscais por "serviços de prazeres" prestados aos seus clientes. Pegaria mal um prefeito incluir na prestação de contas da viagem de recreio notas fiscais fornecidas por um ou mais bordéis ou estabelecimentos assemelhados. 

Se não sair do salário, o michê sai do bolso do povo. Já pensou você entrar na vaquinha que vai pagar o sassarico do seu prefeito ou vereador?

Qualquer prefeito de cidade do interior que não seja santo, quando está em Brasília a serviço e não acompanhado da esposa ou quando viaja para bem longe de casa, fica mais assanhado e quer, com toda a discrição possível, despistes, e artifícios para ficar fora do alcance de celulares que filmam e fotografam, sair comendo as mulheres mais lindas do planeta que, não raro, são oferecidas por funcionários do hotel onde está hospedado ou pelo taxista. O problema é justificar a despesa, não ser glosado pelo TCM. E o pior é quando o nome da empresa que cobre as despesas sexuais aparece no extrato do cartão de crédito. Esse é o batom na cueca. Mulheres de políticos estão cada vez mais espertas...

O sexo longe de casa e da base política parece ser muito mais tentador para quem vai passar 3 dias em Brasília e não sabe o que vai fazer nos intervalos dos eventos. O tempo ocioso é o templo do diabo.

 Conheça o Blog de Berto Filho:


Veja parte da reportagem:

Marcha dos Prefeitos alimenta mercado do sexo em Brasília

Garotas de programa chegam a se deslocar de outras cidades para atender à demanda; prefeitos pagam até R$ 1 mil por um programa e R$ 500 por uma garrafa de uísque 8 anos.

A 17ª Marcha dos Prefeitos movimentou de forma anormal não apenas os corredores do Congresso Nacional e o trânsito na Esplanada dos Ministérios. Outro círculo também se preparou para absorver a movimentação dos prefeitos que vieram do Brasil todo para o encontro. Prostitutas que fazem ponto nas boates mais conhecidas da capital federal também se prepararam para o trabalho extra. Além dos chefes dos executivos municipais, contribuem com a prosperidade do mercado de sexo nos três de dias do evento assessores e vereadores.

Desde o início da semana da Marcha, muitas garotas de programa se disseram empolgadas com um crescimento do movimento. Uma delas, que trabalha há aproximadamente cinco anos e se identificou como Morgana, contou ao iG que a Marcha dos Prefeitos tem sido um dos principais eventos das profissionais do sexo. “É muita gente e sem dúvida a demanda cresce nesse período. Depois desse encontro de prefeitos, as coisas vão melhorar apenas na Copa do Mundo”, afirma Morgana.
Categorias: Opinião

Fotos da notícia




Outras notícias